sábado, 8 de dezembro de 2007

Clube do Ensino Experimental das Ciências

É hoje consensual que um ensino de qualidade nos domínios da ciência e da tecnologia é uma condição da preparação dos jovens para a sua inserção numa sociedade democrática e tecnologicamente desenvolvida, quer no que se refere à sua participação enquanto cidadãos de pleno direito, quer pela contribuição que podem dar para o desenvolvimento dessa mesma sociedade.

Um ensino das ciências, que se pretenda renovado, passa necessariamente pela valorização da sua componente experimental, com vista ao desenvolvimento de competências nos alunos, promotoras das capacidades de pensamento crítico e de resolução de problemas.
O ensino experimental tem desempenhado um papel fundamental na educação em ciências como uma metodologia de ensino aceite por professores e com resultados, muitas vezes, comprovados pela investigação. Embora haja um consenso muito alargado entre a comunidade científica sobre a importância do ensino experimental para a compreensão dos conceitos científicos, urge potenciar o seu papel em educação em ciências, numa época em que as tecnologias de informação, nomeadamente os sensores ligados a máquinas de calcular e/ou computadores, emergem rapidamente no processo educativo.

A necessidade de se criar um clube que incida sobre esta temática surgiu quando verifiquei que um grande número de alunos manifestava interesse em aprofundar conhecimentos experimentais relacionados com os novos programas e com o dia-a-dia que a todos nós diz respeito.

Pretende-se criar um conjunto de actividades complementares, que imprimam uma maior dinâmica à escola, tornando-a um espaço agradável, em que os alunos gostem de estar, incutindo-lhes o gosto pela investigação e que, simultaneamente, permitam minimizar carências no âmbito do ensino experimental das ciências.


COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER PELOS ALUNOS
Para além da necessidade de proporcionar uma ocupação e outros conhecimentos fora do horário lectivo, este projecto visa também atingir as seguintes competências a desenvolver nos alunos, através da preparação, realização e avaliação de actividades práticas:

A – Competências do tipo processual
• Seleccionar material de laboratório adequado a uma actividade experimental.
• Construir uma montagem laboratorial a partir de um esquema ou de uma descrição.
• Identificar material e equipamento de laboratório e explicar a sua utilização/função.
• Manipular, com correcção e respeito por normas de segurança, material e equipamento.
• Recolher, registar e organizar dados de observações (quantitativos e qualitativos) de fontes diversas, nomeadamente em forma gráfica.
• Executar, com correcção, técnicas previamente ilustradas ou demonstradas.

B – Competências do tipo conceptual
• Planear uma experiência para dar resposta a uma questão – problema.
• Analisar dados recolhidos à luz de um determinado modelo ou quadro teórico.
• Interpretar os resultados obtidos e confrontá-los com as hipóteses de partida e/ou com outros de referência.
• Discutir os limites de validade dos resultados obtidos respeitantes ao observador, aos instrumentos e à técnica usados.
• Reformular o planeamento de uma experiência a partir dos resultados obtidos.
• Identificar parâmetros que poderão afectar um dado fenómeno e planificar modo(s) de os controlar.
• Formular uma hipótese sobre o efeito da variação de um dado parâmetro.
• Elaborar um relatório (ou sínteses, oralmente ou por escrito, ou noutros formatos) sobre uma actividade experimental por si realizada.
• Interpretar simbologia de uso corrente em Laboratórios de Química (regras de segurança de pessoas e instalações, armazenamento).
• Motivar os alunos para a aprendizagem das ciências (relembrando e ensinando conceitos), tornando-a mais dinâmica e atractiva, através da utilização de instrumentos tecnológicos (computadores, máquinas gráficas, programas de simulação e visualização de vídeos).

C – Competências do tipo social, atitudinal e axiológico
• Desenvolver o respeito pelo cumprimento de normas de segurança: gerais, de protecção pessoal e do ambiente.
• Apresentar e discutir propostas de trabalho e resultados obtidos.
• Utilizar formatos diversos para aceder e apresentar informação, nomeadamente as TIC.
• Reflectir sobre pontos de vista contrários aos seus.
• Rentabilizar o trabalho em equipa através de processos de negociação, conciliação e acção conjunta, com vista à apresentação de um produto final.
• Assumir responsabilidade nas suas posições e atitudes.
• Adequar ritmos de trabalho aos objectivos das actividades.

FUNCIONAMENTO DO CLUBE

O clube funciona nos laboratórios de Física e/ou Química.
  • As inscrições são livres e devem ser feitas junto do professor responsável ou no PBX.
  • O clube deverá funcionar uma vez por semana, durante todo o ano lectivo, com os alunos seleccionados.
  • O número máximo de alunos no laboratório é 12, divididos em 2 grupos.
  • Se houver um número elevado de alunos inscritos, o clube funcionará em 2 semestres, para que um maior número de alunos tenha contacto com o clube.
  • Existirá uma folha de registo, onde constarão as presenças dos alunos no clube, de modo a recolher informação sobre o interesse despertado pelo mesmo, para posterior análise e reflexão.

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