sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Introdução do Modelo de Copérnico em Portugal

RESUMO

Em texto claro e sóbrio, propor-me-ei fazer uma análise, ainda que resumida, do eco que a Introdução do Modelo de Copérnico suscitou em Portugal. Para tal, começarei por expôr, muito sumáriamente, os sistemas sobre os movimentos dos corpos celestes mais discutidos e seguidos na Europa no Sec. XVII, para assim se fazer uma ideia da diferença fundamental que os separava. E a partir dessa exposição, não deixarei de focar as implicações qua a destronação da Terra como centro do Universo, com a sua consequente mobilidade e a imobilidade do Sol, vieram provocar na filosofia Aristotélica, seguida em Portugal, e difundida por personalidades de vasta cultura pertencentes à Companhia de Jesus, que naquela época dominava o pensamento contemporâneo, ou a ela ligados pela afinidade de conhecimentos. Realçarei ainda algumas das razões, que levaram Camões a optar pela cosmologia ptolomaica e a não seguir a doutrina inovadora do astrónomo polaco, ainda pouco conhecida, não instalada, nem devidamente comprovada, na altura em que o épico português tinha entre mãos a sublime tarefa de, em verso, dar a conhecer ao Mundo, a gesta grandiosa e de carácter universal do povo lusitano. (Continua)


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